Eu te desafio a abandonar a cultura do coitadismo. Da busca incessante pela piedade alheia. Pois quem se ancora nesse sistema mental nada mais é do que um chato. Isso mesmo, um chato.
A cultura do coitadismo abafa todo brilho de uma pessoa. Quem compra essa ideia como uma verdade absoluta se torna alguém desagradável e pesada de conviver. São aquelas cuja vida anda, mas não sai do lugar.
No fundo, a piedade é um mecanismo poderoso de manipulação, seja ele consciente ou inconsciente. Pessoas emocionalmente dependentes e com baixa autoestima se sentem incapazes de assumir o protagonismo identificando-se com a escuridão dos bastidores. Porém, acabam por arrastar os outros consigo.
Como falei no início, se torna chato na medida em que um ser assim não cresce e não admite que o mundo (e pessoas) em seu redor cresçam por sentir-se ‘abandonada’. Aqui entram os jogos de dramatizações, dissimulações e tudo mais que uma mente criativa adoecida pode gerar.
Veja bem, existe uma grande diferença entre demandas da vida e questões pontuais onde acabamos por ser vítima de algo, e quando este é o mecanismo de funcionamento predominante. No coitadismo contínuo nada nunca está bom e ficar no chão recebendo migalhas é maravilhoso.
Final de semana é uma oportunidade incrível para saltar aos olhos o que de fato opera nosso sistema mental atual. Há aqueles que na sexta já começam a se lamentar pela segunda, que ainda nem chegou. Se tem uma companhia, reclamam por ser pouco tempo juntos. Se não tem ninguém, reclamam da tal solidão. E assim vai. Ó vida, ó céus, viva o coitadismo.
Bem aventurados todos que, assim como eu, são alérgicos a essa piedade doentia. Que estamos verdadeiramente dispostos a vivenciar a vida por diversas perspectivas de crescimento e sabemos que o nosso lugar é sob os holofotes do protagonismo da nossa própria existência.
Bom final de semana para mim, para você e para todos.
Um beijo da Rainha.