Vivemos em uma sociedade que nos arrasta (ou pelo menos tenta) para as ilusões e acabamos por ‘esquecer’ de dar atenção para o que é real. Mas, graças aos livros, minha personalidade e minha fidelidade à minha essência, faço parte de um grupo resistente de humanos: gente que gosta de gente de verdade. O empoderamento feminino que transpiro pode ser resumido em uma palavra: Rainha. Calma, eu explico.
Bem, em 15 de fevereiro de 2014 o apartamento onde eu morava neste período foi invadido por um ex namorado e transformado em uma câmara de morte com um mix de produtos químicos. Meu cachorro da época foi torturado. Meu rosto ficou desfigurado e mais ou menos 10% de todo meu corpo foi comprometido. No total foram quase 4 anos de tratamentos diversos, processo judicial, medidas protetivas e dores. Oscilações entre desejos de morte e de viver. Antes deste atentado em 2014, minha infância e adolescência foram muito dolorosas. Sofri abusos físicos, psicológicos e emocionais em casa, fui criada por uma mãe narcisista com traços sociopata e por um pai mitomaníaco (mentira patológica) com desvio de caráter e contrabandista. Na adolescência sofri um estupro de um sujeito próximo da família e fui obrigada a ficar em silêncio para não ‘estragar’ as férias de ninguém. Na juventude tive uma depressão suicida.
Apesar de terem me machucado e ferido muito a minha alma, não foram suficientes para conter toda força e vontade de transformação que havia dentro de mim. Rainhas são constituídas de superação e obcecadas pelo próximo nível. Focadas na solução.
Rainhas são compostas por cicatrizes e honram cada uma delas, por isso, compreendem e acolhem as dores de um homem. Aprenderam diante de muitos desafios a se amarem o suficiente para saberem o seu valor para si e para o mundo. Desconstruíram o arquétipo da vítima para dar espaço para o poder pessoal. Sua gasolina é a sua própria história.
Ah, a vítima.. meninas são apaixonadas por esse arquétipo. Seu discurso gira em torno de frustrações, cobranças sobre o outro, um comportamento desajustado e queixas sem fim. Buscam, no fundo, um príncipe encantado e viver a historinha das novelas e filmes românticos. São sequestradoras emocionais e aprisionam pelo medo da perda.
Rainhas são visionárias e multiplicam. Meninas são limitadas e diminuem. Rainhas são empoderadas e por isso, empoderam. Meninas são mulheres infantis e por isso enfraquecem. Rainhas gostam de qualidade. Meninas adoram quantidade. Rainhas estão ao lado, na derrota e na vitória através da ação. Meninas voam no plano das ideias e palavras. Rainhas focam nos pontos fortes e valorizam resultados. Meninas pisam nos pontos fracos e adoram os problemas. Rainhas dão as costas. Meninas dão chilique. Rainhas valorizam o tempo. Meninas perdem tempo. Rainhas incomodam naquilo em que um homem está pecando consigo mesmo. Meninas acorrentam um homem na zona de conforto, seja ela qual for. Rainhas enfrentam a vida juntos. Meninas querem viver ‘felizes para sempre’. Rainhas são calmaria e ventania. Meninas nem sabem o que isso significa.
Rainhas são verdades estrategistas e sócias em algo muito importante chamado patrimônio emocional. Analisam, avaliam. Prezam por transparência e verdade. Não se espremem para se adaptar. Elas se esparramam e transbordam o que há de melhor no homem que ela escolher. No entanto, como tudo em uma vida adulta, há um preço a se pagar para ser o homem de uma Rainha. Este homem será desafiado a passar por uma catarse, se despedir de velhas crenças e também dos seus sabotadores. Será obrigado a agir apesar do medo. Deverá fazer escolhas internas e mentais diariamente. Seu melhor amigo será o ‘nós’ ao invés do ‘eu’. A regra de um milhão de dólares será conversar. Sobre tudo. Pois silêncio é pedra. E pedra acumulada vira muro. E muro divide. Rainhas gostam de soma e não de divisão.
Quando você se deparar com uma Rainha, vá por mim, pague o preço. E se por acaso surgirem pensamentos negativos e certas resistências, apenas lembre-se de todas as vezes em que você rezou para encontrar o pote de ouro, e agora que você o tem em mãos não o deixe cair. Coisas incríveis acontecem quando você diminui a distância entre o pensar e o agir.
Rainhas amam um homem pelo o que ele é, e não pelo o que ele pode oferecer. Por isso INVISTA EM UMA RAINHA, ELA FAZ MOVIMENTOS QUE UM REI NÃO CONSEGUE – MESMO QUE VOCÊ AINDA NÃO SEJA UM. Simplesmente porque elas complementam. Simplesmente porque são gente que gosta de gente de verdade. Porque elas são o que são: Rainhas.
Meu beijo de amor para você.
Eu sou Cristina, Rainha.