NÃO É AMOR, É DEPENDÊNCIA EMOCIONAL

Pessoas emocionalmente dependentes não realizam trocas, elas sugam.

Dependência incide em submissão, obediência, subordinação. Assim, dependência emocional trata-se do comportamento psicoafetivo condicionado ao outro… para tudo. Pessoas emocionalmente dependentes não realizam trocas nas suas relações sociais e afetivas, elas sugam o outro diante das suas necessidades de se sentirem amadas, acolhidas, reconhecidas, recebendo atenção, pautado em um ‘senso de justiça’ infantil onde só devem ‘receber’.


O sujeito dependente é portador de sentimento de inferioridade e culpa, vazios (carência) afetivos, baixa autoestima, inseguro, muitas vezes solitário, incapaz de tomar decisões e fazer escolhas, descrente de si mesmo, altamente idealizadores. É muito comum vivenciarem relações destrutivas (o pouco lhe satisfaz), projetarem inconscientemente no outro as suas fantasias e se submeterem à ordem alheia para coordenar a sua própria vida em diversos aspectos.

O fato que torna mais grave essa situação é que o dependente emocional, muitas vezes, aceita qualquer tipo de relação por medo de perder a outra pessoa. Com o medo de ser abandonada, muitas vezes tolera abusos sexuais, verbais, físicos, entre outros.

Origem da dependência emocional: adultos dependentes emocionalmente geralmente foram crianças que não se sentiram amadas, queridas e importantes, desta forma, sentem a necessidade quase que vital de dependerem do amor de outra pessoa, já que não viveram isso em sua fase mais tenra. Existem pais que culpam, desprezam, humilham e que não respeitam os sentimentos de seus filhos. Outros tipos de pais protegem demasiadamente seus filhos. É bastante comum que muitos pais protejam seu filho em excesso, satisfazendo todas as suas necessidades, como uma forma de compensar sua ausência frequente no papel de pai. Outros protegem demais por medo de “perder” o filho e ficarem sozinhos, desta forma, induzem os filhos a acreditarem que só debaixo de suas asas estarão seguros.

Na prática, é possível observar quando não é amor e sim dependência onde há anulação de si mesmo, organização da própria vida em conformidade do outro, se exige na mesma intensidade, apresenta oscilações extremas entre sentimentos de raiva e carinho em relação ao outro e a si mesmo, entre outros.

Reverter o quadro de dependência emocional é possível sim, mas através de ajuda profissional. Sozinho é quase impossível, pois trata-se de um padrão comportamental que já foi internalizado como verdade e é preciso recursos exteriores e técnicos a fim de se construir um novo padrão.

#FICADICA: relações maduras são compostas por reciprocidade, e não por necessidades.

Grande abraço,

Cristina Cruz | Arquiteta da Mente & Mentora Internacional

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