No próximo final de semana, no Brasil, teremos uma ‘dobradinha do amor’ que mexe com muitas pessoas. O 12 de junho (dia dos namorados) e o dia de Santo ‘Casamenteiro’ Antônio (em 13 de junho). Há aqueles que estão namorando e desejam casar, assim como há o núcleo dos solteiros que vislumbram o mesmo fim.
No entanto é importante sinalizar a falta de coerência entre o discurso e o ato. Muito se sonha, fantasia, mas pouco, muito pouco mesmo, se concretiza. Acaba-se caindo no conforto da crítica, aquele blá blá blá todo de que está faltando um bom partido no mercado. Será mesmo?
O sujeito de hoje vive a era do vazio superficialmente preenchido por futilidades, e desconhece o amor, incluindo aí o amor próprio. Aquele que se ama vive bem sozinho e tem o prazer no si mesmo, logo, está capaz para amar o outro e ter uma vida à dois, caso contrário, este outro será uma necessidade, tapa buraco, compensação da carência afetiva, o farelo da migalha, boneco de foto, comodismo, etc; isto é, tudo menos um verdadeiro companheiro.
Olhar para si e enfrentar-se é necessário a fim de dar luz ao que está obscuro, de colocar no eixo o que está fora do trilho. Pessoas emocionalmente equilibradas e bem resolvidas consigo mesmas, que praticam um caminho contínuo de autoconhecimento, apresentam maior capacidade real de concretização de desejos, inclusive o de casar.
Quem quer casar encontra meios, constrói caminhos, visualiza soluções e pratica atitudes consoantes à sua vontade.
Basicamente o Ego (o plano da consciência, o mundo exterior) reflete muito do que se aloca no Id (o inconsciente, o último nível do subconsciente, o mundo interior). E na perspectiva do conflito entre eles ganha o que tiver mais força e já aviso que o inconsciente não tem segredos que o comportamento não revele. O seu Ego diz que quer casar, mas o seu comportamento, que é pautado pelo Id, aponta para o sentido oposto buscando inúmeras e sucessivas circunstâncias para que este não se realize.
O que de fato existe no seu Id que tem tanta força assim para sabotar o Ego? Bem, a lista é grande, pode ser zona de conforto, imaturidade, dependência emocional dos pais, medo de ser feliz, medo de fracassar, birra infantil, e por aí vai.
Mas, voltemos ao início. Você quer casar. Será mesmo?
Grande abraço,